quarta-feira, 27 de junho de 2012

Em uma lápide chorosa
Encontrei lembranças esquecidas
Faces depressivas
De um amor mal amado
Escrito num livro amaldiçoado
Linhas que vertem o sangue mais inocente
Arrancado com as unhas negras Lentamente
Páginas rasuradas
Com versos que se perdem no tempo
Muitas estão queimadas
Outras se tornaram meu tormento

Versos góticos
Sonhos utópicos
Apagados e admirados
Arte bela fúnebre
Mal compreendida
Vidas sem Alma
Lágrimas e partida

Em busca de um abraço
Que transmita um pouco de paz
Um pouco de alegria
Que faça esquecer
Esta melancolia
E silenciar os fantasmas
Que cantam lembranças
Sufocam esperanças
De que um dia Você esteve aqui.

Caminhando na escuridão
Numa noite eu encontrei-te
Quando me deste a mão
No momento não acreditei
Pensei que ia vaguear
Para sempre sozinha no mundo
Mas surgis-te tu meu Anjo
E salvaste-me num segundo
Serei sempre a tua Vampira
Vivendo no teu Jardim Sombrio
A cada noite que passa
Diminuis o meu frio
Se o nosso amor é impossível
Só o tempo vai dizer
Mas prefiro matar-me
A ter que te perder

Se um dia tiveres que partir
E te afastares de mim
Com um raio de sol
Morrerei no teu Jardim.